26 maio 2020

A PAISAGEM


 
E de repente, do alto da montanha,

A moça via tudo diferente.

Não era seu lugar, nem sua gente.

Tudo uma estranheza tamanha.

 

Onde havia casas e quintais,

Ruas asfaltadas, prédios altíssimos,

Gente, muita gente, gente demais,

E buzinas a cantar em oníssono.

 

Mais estranheza ainda, porém,

Era aquela sensação presente,

De que ela não lembrava de ninguém.

 

Se o tempo passou tão de repente

Isso ela não lembrava também,

Ou então porque deixou de ser gente.

 

 

Cláudia Ferreira

25 de maio de 2020

4 comentários:

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