Vejo minha
avó materna,
Sentada num
velho sofá.
Não estava
só.
Algumas pessoas,
em pé, ao seu lado.
Olhavam fixamente
uma tela de TV.
Pergunto o
que veem.
Minha avó
responde:
“Não vê? Uma
cachoeira!”
Aproximo-me.
Ouço um
chamado,
Que não
entendo de onde vem.
Atravesso a
cachoeira.
Do outro
lado, uso um vestido
De flores multicoloridas.
E outra vez,
sou chamada a continuar.
Não tenho
dúvidas por onde seguir,
Como se
sempre tivesse vivido ali.
A paisagem...
Árvores frondosas...
A velha
casa...
Tudo me é
familiar
E me esperam
para um almoço.
Alguém me
entrega um envelope.
Nele, papéis
que não reconheço
E uma
passagem de ônibus,
Cujo destino
não sei.
De repente,
uma voz:
“Foge...
Foge...”
Sem nem
saber o porquê
Saio correndo,
Pulo por uma
enorme janela
E caio na
cachoeira por onde entrei.
Volto à
realidade.
Era um
sonho...
Um reencontro
talvez.
Cláudia
Ferreira
4/5/2020
Sim, acredito que foi um reencontro.
ResponderExcluirSaudades.
ResponderExcluir