26 julho 2022

QUANDO O BRASIL “DANÇA”

 Ao som da macabra orquestra,

Tendo a troça por maestra,

Os pares vão-se formando

E tudo vira uma festa.

 

Alguém dança com aquele,

Aquela dança com o amigo,

E dançam sem ter vergonha,

Até mesmo com o inimigo.

 

Pelo som do carimbó,

Pelo frevo e o lundu,

Passando pelo forró,

Chegando ao caxambu.

 

Na marcação do fandango

E na batida do samba,

Os pares vão-se ajeitando,

Numa grande surumbamba.

 

Fulano com a beltrana,

Beltrana com outros mais;

Cicrano não entra na trama,

Porque não sabe o que faz.

 

Maracatu e xaxado,

Jongo, valsa e catira;

Xote, chula, enlaçado

Vão também compondo a trilha.

 

E em meio à festança,

Ao ritmo do tambor,

Aguardando a contradança,

Está o pobre do eleitor.

 

Cláudia Ferreira

26 de julho de 2022

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