28 dezembro 2020

SEGUINDO O FLUXO

Quase fim de ano

E vou me perguntando

O que fiz e o que não fiz.

Quem eu perdoei

E quem fui incapaz de perdoar.

Quem eu magoei

E quem deixei de amar.

 

Quase fim de ano

E vou me indagando

O que quis e o que não quis.

Quem eu subestimei

E quem procurei admirar.

Por quem eu me apaixonei

E quem passei a odiar.

 

Quase fim de ano

E vou me conformando

Com os fins e os confins.

Quem eu acariciei

E quem acabei por machucar.

Quem eu enfrentei

E de quem procurei me afastar.

 

Quase fim de ano

E certezas vão se esvaindo.

A diretriz se vai por um triz.

Pensamentos que antes apoiei

Agora estão a vagar.

Frentes em que atuei

Vazias parecem estar.

 

Quase fim de ano

E vou me consentindo.

Se fui feliz ou infeliz,

As coisas que ponderei,

Melhor deixar passar.

Tudo que selecionei

É tempo de renovar.

 

 

Cláudia Ferreira

28 de dezembro de 2020


17 dezembro 2020

POEMINHA DE NATAL (1)

                      

Este ano, não terei a oração,

Feita pelo tio adorado,

Com muita emoção.

 

Não terei as risadas

E o bate-papo com os primos,

Bebendo umas geladas.

 

Não terei o sabor das comidas

Das cozinheiras da família,

Sempre muito queridas.

 

Não terei a decoração,

Feita pela irmã mais velha,

Com toda a dedicação.

 

Compartilhar cadeiras, louças e copos,

Num espaço com muitos corpos,

Para mim, tornou-se medonho!

Não estar com a família

E lembrar-me dos tempos de filha,

Deixa meu coração tristonho.

Porém, não confraternizar presencialmente,

Desta vez, não é uma opção.

É cuidado com quem amamos de montão!

 

Em minha consciência, muito pesaria

Saber que uma prima, um tio, uma tia

Foram contaminados durante o Natal.

Que tal fazermos tudo diferente,

Dando valor aos mais próximos da gente?

E assim, nem tudo será mau.

Pensando em todos, num núcleo pequeno.

Esposa, marido, filhos e o coração,

Virtualmente, em confraternização!

 

Cláudia Ferreira

17/12/2020

POEMINHA DE NATAL (2)

 

Papai Noel,

Este ano, eu queria pedir

Para o ano que está por vir,

Que o mundo fosse recriado.

 

Talvez, Deus ficasse chateado,

Mas depois de nos ver transformados,

Acabaria por admitir.

 

Já pensou um mundo sem ambição,

Com todos dando-se as mãos,

Em prol do bem comum?

 

Já pensou um mundo sem discriminação

De cor, sexo, religião,

E preconceitos caindo, um a um?

 

Papai Noel,

Traz esse mundo pra mim,

Que eu prometo não ficar zangada,

Se alguém, agora, estiver rindo de mim.

 

Cláudia Ferreira

17/12/2020

 

 

SOBRE NOSSOS PARLAMENTARES E TAIS

E vem aumentando a lista que se enquadra na máxima de que "político é tudo igual, nenhum presta". Nos últimos dias, nosso Congress...