Perambulando pelo
Mercado Modelo, em Salvador, à caça de uma pequena lembrancinha para minha
sobrinha, encantei-me com um instrumento musical, parecido com um tamborzinho.
O vendedor,
imediatamente, veio atender-me, embora a loja estivesse cheia de gente.
Fazendo gestos e soletrando as palavras, como a ensinar a língua
portuguesa para um estrangeiro, ele batia no tamborzinho e dizia:
_ Cou-ro,
cou-ro-de-ca-bra.
Depois, pegou
outro instrumento e repetiu:
_Ma-dei-ra,
ma-dei-ra.
Senti-me como
Murilo Mendes, exilado, dentro de minha própria terra. Em frações de segundos,
desejei não ter estas características europeias, herdadas da mistura de suíços
e portugueses.
Sem saber direito
o que fazer, mas achando hilária a situação, embora estivesse perplexa (e
muda), fiz gestos que indicavam perguntar o preço, ao que ele respondeu:
_ Cin-quen-ta.
Mostrando-me uma cédula da moeda do meu país!
E eu mais que depressa:
_ Cinquenta pra
gringo. E pra brasileiro, quanto é que custa?
Cláudia Ferreira
Janeiro de 2002
Muito bom! Kkkkkkkkkkk!
ResponderExcluirRi muito depois.
ExcluirÉ o preço da miscigenação! Kkkkk
ResponderExcluirSua gringa! Kkkkkk
ExcluirKkkkkkkk... boa!!!
ResponderExcluirValeu, desconhecido!
Excluir